A forma de Onana reflete a do United enquanto eles enfrentam a saída da Europa

A forma de Onana reflete a do United enquanto eles enfrentam a saída da Europa

A forma de Onana reflete a do United enquanto eles enfrentam a saída da Europa, Foi mais um empate, mas nada como o 0-0 de há 30 anos, quando Eric Cantona recebeu o cartão vermelho, o Manchester United foi eliminado e ‘Bem-vindo ao Inferno’ tornou-se parte da tradição da Liga dos Campeões. Ok, a atmosfera era como a de 1993, embora o empate frenético de 3 a 3 entre Manchester United e Galatasaray na noite de quarta-feira não fosse.

O Estádio Ali Semi Yen, casa do Galatasaray em Istambul, dá uma sensação de enclausuramento, pelo menos na televisão. O caldeirão parecia intimidante, os trovões e relâmpagos tornavam tudo assustador enquanto as equipes saíam. Em poucos minutos, porém, houve o silêncio de biblioteca de que Pat Cummins havia falado, o capitão da Austrália referindo-se à final da Copa do Mundo com 50-over em Ahmedabad, quando Virat Kohli foi demitido.

Alejandro Garnacho abriu a rede aos 11 minutos, após rápida troca de passes entre Rasmus Hojlund e Bruno Fernandes. É importante mencionar aqui que a jogada foi iniciada com passe de André Onana. Numa demonstração de como a velha ordem foi apagada, o Manchester United começou jogando de volta para o goleiro da mesma forma que o Manchester City faz. Onana, no meio da linha, evitando um desafio e encontrando Aaron Wan-Bissaka foi mais uma prova de como as coisas eram diferentes de quando David de Gea comandava os postes. É por isso que, como membro do Grupo de Estudos Técnicos da UEFA, Roberto Martinez disse que Onana foi mais um médio-defensivo na final da Liga dos Campeões.

Haverá mais sobre Onana, mas aos 18 minutos Fernandes marcou com um chute suntuoso. Olhando para o resultado, é instrutivo referir o que Erik ten Hag disse após a partida. “É mais ou menos o ponto em que você está vencendo por 2 a 0 e precisa administrar o jogo. Não é tão fácil quando marcamos faltas e temos que defendê-las melhor”, disse o treinador do Manchester United.

Gerenciar o jogo é algo em que o United falhou espetacularmente na Europa. Em Istambul, venceram por 2-0 e 3-1. Contra o Copenhague, fora de casa, eles lideraram por 2 a 0 aos 28 minutos e venceram por 3 a 2, apesar de jogarem com 10, mas perderam por 3 a 4. Em casa contra o Galatasaray, o Manchester United liderou duas vezes, mas não conseguiu protegê-la durante mais de seis minutos, quando vencia por 1-0, e quatro quando estava a vencer por 2-1.

No Bayern, Copenhaga e Galatasaray, onde fizeram 17 remates, o United marcou três golos cada, mas somou um ponto nesses jogos. Apenas Arsenal, Atlético de Madrid, City e Real Madrid marcaram mais do que os 12 gols do United. E embora tenham dado tudo de qualificado, o tricampeão europeu United está na última posição do grupo, precisando vencer em casa o Bayern de Munique e torcendo para que Galatasaray e Copenhague empatem. Se o Copenhaga tivesse vencido em Munique e não empatado 0-0 na quarta-feira, o Manchester United teria sido eliminado antes da sexta jornada.

Uma razão importante para isso é o número de golos sofridos, 14. Isso está ao nível do Celtic e um a menos que o Antuérpia, que tem o pior registo da competição. “Muitos gols ruins”, disse Fernandes após a partida.