Crítica de Capitão América: Admirável Mundo Novo, Desde que Steve Rogers pendurou o escudo, a pergunta que pairava no ar era: quem será o Capitão América nesta nova fase do MCU? “Admirável Mundo Novo” tenta responder a essa questão, colocando Sam Wilson (Anthony Mackie) no centro da ação, enfrentando desafios que vão além da força física. O filme tem seus momentos de brilho, mas será que ele consegue sustentar o legado deixado por Chris Evans?
Primeiro, é preciso dizer que Anthony Mackie entrega uma atuação sólida. Ele traz carisma e emoção ao papel, mostrando um Capitão América que luta com suas próprias inseguranças, ao mesmo tempo em que tenta provar seu valor para um mundo que ainda o vê com desconfiança. O filme acerta ao explorar o peso que esse manto carrega, especialmente para um herói sem o soro do supersoldado.
O enredo gira em torno da descoberta do adamantium no corpo petrificado de Tiamut (sim, aquele Celestial gigantesco que ficou boiando no oceano desde Eternos). Essa revelação coloca as potências mundiais em conflito, e Sam se vê no meio de uma disputa geopolítica enquanto precisa lidar com a ascensão do Hulk Vermelho, interpretado por Harrison Ford no papel de Thaddeus Ross. A ideia é interessante, e o filme tenta resgatar a pegada de O Soldado Invernal, com uma narrativa mais séria e política. O problema? O roteiro não tem o mesmo impacto.
O ritmo do filme oscila bastante. Enquanto algumas cenas de ação são bem coreografadas, outras parecem genéricas, sem a mesma intensidade dos melhores momentos do MCU. A falta de um vilão verdadeiramente carismático também pesa contra a produção. O Hulk Vermelho tem potencial, mas sua participação acaba sendo um tanto apressada e sem grande desenvolvimento.
Visualmente, Admirável Mundo Novo entrega o básico. Há bons efeitos práticos e cenas bem dirigidas, mas nada que impressione. O CGI tem altos e baixos, e algumas sequências parecem menos polidas do que se esperaria de uma grande produção da Marvel.
O maior problema do filme, no entanto, é sua falta de identidade própria. Ele tenta ser um thriller político, um filme de ação e uma passagem de bastão para o novo Capitão, mas não se aprofunda o suficiente em nenhuma dessas áreas. Há bons momentos, há potencial, mas a sensação final é de que algo está faltando.
No fim, Capitão América: Admirável Mundo Novo cumpre seu papel de consolidar Sam Wilson como o novo Capitão, mas não consegue elevar o personagem a um novo patamar. É um filme que funciona, mas não empolga. Se você é fã da Marvel, vale a pena conferir, mas não espere algo tão marcante quanto O Soldado Invernal ou Guerra Civil.
Nota: 6,5/10 – Um novo começo promissor, mas que poderia ser muito mais.
Veja o trailer abaixo: