Crítica de Goblin Slayer

Crítica de Goblin Slayer

Crítica de Goblin Slayer, Lançado em 2018 pelo estúdio White Fox (Re:Zero, Steins;Gate), Goblin Slayer é um anime de fantasia sombria baseado na light novel de Kumo Kagyu. A série se diferencia das histórias convencionais do gênero ao apresentar um mundo hostil e um protagonista obcecado por eliminar goblins a qualquer custo. Com cenas violentas, temas controversos e uma abordagem mais realista do que significa ser um aventureiro, Goblin Slayer conseguiu conquistar um público fiel, mas também gerou polêmicas ao longo de sua exibição.

História e Desenvolvimento

A trama gira em torno de Goblin Slayer, um aventureiro de rank Prata que dedica sua vida a exterminar goblins, criaturas que, apesar de subestimadas por outros aventureiros, representam uma ameaça cruel e implacável. Logo no primeiro episódio, o anime choca ao mostrar a brutalidade dessas criaturas, estabelecendo o tom sombrio da série.

Diferente de outros animes/">animes de fantasia que exploram grandes missões heroicas, Goblin Slayer foca no lado mais “sujo” da profissão de aventureiro, mostrando batalhas estratégicas e a dificuldade de enfrentar inimigos aparentemente inferiores, mas astutos. A progressão da história é bem construída, com o protagonista aos poucos formando um pequeno grupo de aliados, incluindo a Sacerdotisa, o Anão Xamã, o Lagarto Sacerdote e a Elfa Arqueira.

Apesar do ritmo episódico, a narrativa consegue manter o interesse ao explorar a psicologia do protagonista e os impactos de sua obsessão por goblins. No entanto, alguns espectadores podem achar a história repetitiva, pois a série raramente foge da sua premissa central.

Personagens e Desenvolvimento

O grande destaque da série é Goblin Slayer. Diferente dos heróis típicos de animes/">animes de fantasia, ele não busca fama, poder ou redenção – seu único propósito é erradicar goblins de maneira metódica e estratégica. Seu passado trágico é um dos principais motores de sua obsessão, e a série explora bem sua mentalidade fria e calculista.

Os personagens secundários trazem um equilíbrio para o tom sombrio da história. A Sacerdotisa, por exemplo, evolui ao longo da trama, tornando-se mais confiante e eficiente em combate. Já a Elfa Arqueira e os demais companheiros acrescentam momentos de leveza, humor e camaradagem ao anime, contrastando com a abordagem séria do protagonista.

Entretanto, a falta de profundidade em alguns coadjuvantes pode ser um problema. Muitos deles seguem arquétipos comuns do gênero, sem grandes evoluções além do necessário para a trama.

Animação e Trilha Sonora

O estúdio White Fox entrega uma animação competente, mas não impecável. As batalhas são bem coreografadas e utilizam estratégias inteligentes, mas o uso de CGI para algumas cenas de Goblin Slayer pode ser incômodo para alguns espectadores. Ainda assim, a ambientação sombria e o design das criaturas transmitem bem o clima de perigo constante.

A trilha sonora, composta por Kenichiro Suehiro (Re:Zero, Fire Force), ajuda a criar tensão e intensidade nas cenas de combate. A abertura Rightfully, de Mili, captura perfeitamente o tom sombrio do anime, enquanto o encerramento traz uma sensação mais melancólica e introspectiva.

Conclusão

Goblin Slayer é um anime que foge dos clichês tradicionais da fantasia e entrega uma história brutal e tensa, onde o perigo é constante e as consequências são reais. Para aqueles que buscam um anime mais sombrio e estratégico, ele é uma ótima escolha. No entanto, sua violência gráfica e temas pesados podem ser um fator decisivo para quem tem estômago mais sensível.

Com uma boa construção de mundo, um protagonista fascinante e uma abordagem séria do que significa ser um aventureiro, Goblin Slayer se destaca no gênero, mesmo com suas falhas.

Nota: 8/10