Crítica de Gossip Girl: A Garota do Blog 1 primeiro epísodio da 1 temporada ( 2007 ), O episódio piloto de Gossip Girl é como um convite dourado para um baile onde, no fundo, todos estão prontos para puxar seu tapete. Em menos de uma hora, ele estabelece o tom de toda a série: um universo em que status, segredos e traições se misturam com o mesmo requinte de um champanhe caro e a mesma capacidade de deixar você tonto.
A narrativa começa com o retorno de Serena van der Woodsen, a “garota dourada” que desapareceu misteriosamente e volta como se nada tivesse acontecido. Mas Blair Waldorf, sua melhor amiga e rival, não esqueceu que a ausência de Serena abriu brechas para novos tronos e velhas feridas.
O episódio costura esse reencontro com os dramas paralelos: Dan Humphrey, o forasteiro que observa esse mundo com fascínio e ressentimento, Nate Archibald, dividido entre o amor e o peso das expectativas, e Chuck Bass, que desde a primeira cena já deixa claro que será o símbolo vivo do perigo com terno caro.

O maior mérito do episódio é a eficiência: em poucos minutos, sabemos quem são, o que querem e quais fantasmas carregam. A narração da misteriosa Gossip Girl adiciona uma camada quase onisciente, transformando a história num diário coletivo onde todos são protagonistas e vítimas. O visual é sedutor, a trilha sonora é certeira, e o ritmo mantém você preso, mesmo que o mundo retratado seja tão superficial que, em mãos menos habilidosas, poderia parecer vazio.
Por outro lado, o piloto já deixa evidente que a série se alimenta do exagero. Há comportamentos problemáticos (especialmente no caso de Chuck) que, na época, passaram despercebidos como parte do “charme sombrio” da trama, mas que hoje soam incômodos. Ainda assim, o episódio cumpre sua missão com maestria: criar um universo tão intrigante que, quando termina, a vontade é de assistir ao próximo imediatamente afinal, como diria a própria narradora, “You know you love me. XOXO.”