Crítica de Re:Monster

Crítica de ReMonster

Crítica de Re:Monster, Lançado em 2024 e baseado na light novel de Kogitsune Kanekiru, Re:Monster traz uma abordagem diferenciada ao gênero isekai, colocando o protagonista na pele de um goblin e acompanhando sua evolução em um mundo brutal. Apesar de ter uma premissa intrigante e um conceito com potencial, a execução do anime deixa a desejar em vários aspectos, especialmente na narrativa e no desenvolvimento dos personagens.

História e Desenvolvimento

A trama segue Tomokui Kanata, um jovem que é morto e reencarna como um goblin chamado Gob-Rou. Diferente dos isekais convencionais onde os protagonistas renascem como heróis ou aventureiros humanos, Re:Monster aposta na ascensão de um monstro dentro da hierarquia de sua espécie, com Gob-Rou ganhando força rapidamente graças à sua habilidade única de absorver poderes ao consumir criaturas.

O começo da história é interessante, mostrando a sobrevivência em um mundo hostil e a evolução do protagonista. No entanto, conforme a trama avança, o desenvolvimento se torna repetitivo e previsível. Gob-Rou rapidamente se torna excessivamente poderoso, reduzindo os desafios e tornando os conflitos pouco impactantes. Além disso, a narrativa se apoia em uma progressão acelerada, deixando de lado um aprofundamento mais significativo nos personagens secundários e no mundo ao redor.

Personagens e Construção de Mundo

Gob-Rou é um protagonista que deveria ser intrigante por sua condição única, mas sua evolução rápida demais o torna praticamente invencível, reduzindo a tensão da história. Além disso, seu desenvolvimento como personagem é superficial, com poucas dificuldades reais que o forcem a crescer emocionalmente.

Os personagens secundários, como seus aliados goblins e outros monstros, têm potencial, mas raramente recebem destaque suficiente para se tornarem memoráveis. O anime tenta construir um mundo interessante com diferentes raças, territórios e um sistema de evolução, mas a falta de tempo para desenvolver esses elementos faz com que o cenário pareça raso e pouco explorado.

Animação e Trilha Sonora

A produção de Re:Monster fica abaixo do esperado para um anime de 2024. A animação é funcional, mas carece de fluidez nas cenas de ação, que deveriam ser o grande atrativo do anime. Os designs dos personagens são simplistas, e a direção das lutas não transmite o peso necessário para um mundo supostamente brutal.

A trilha sonora cumpre seu papel, mas não se destaca. As músicas de fundo criam uma atmosfera adequada para as batalhas e momentos de tensão, mas nenhuma faixa se torna memorável. As aberturas e encerramentos seguem o padrão de animes/">animes isekai, sem nada inovador.

Conclusão

Re:Monster tinha uma premissa promissora ao trazer um protagonista monstruoso e um sistema de evolução intrigante, mas falha em entregar uma narrativa envolvente. A progressão acelerada, o protagonista superpoderoso e a falta de profundidade na construção do mundo e dos personagens resultam em uma experiência pouco memorável. Para fãs de isekais, pode ser uma opção de entretenimento casual, mas não se destaca entre os melhores do gênero.

Nota: 6/10