Crítica de Resident Evil 4: Recomeço

Crítica de Resident Evil 4 Recomeço

Crítica de Resident Evil 4: Recomeço, “Resident Evil 4: Recomeço” marca a volta de Paul W.S. Anderson à direção da saga, com a promessa de revitalizar a franquia no cinema. O marketing apostava forte no 3D, surfando no sucesso de Avatar, e o filme realmente se preocupa em jogar objetos na tela do espectador. Mas quando o maior atrativo de um filme de zumbis é o 3D, já dá para imaginar a falta de substância na narrativa.

O enredo começa promissor: Alice (Milla Jovovich) retorna com seus clones para confrontar a Umbrella, mas logo perde seus poderes, criando a expectativa de uma protagonista mais vulnerável. Infelizmente, essa promessa não se cumpre. Rapidamente, a produção cai na velha fórmula de sequências de ação exageradas, tiros coreografados em câmera lenta e lutas que parecem mais videogame do que cinema.

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O maior problema é que “Recomeço” tenta ser muitas coisas ao mesmo tempo mistura ação de blockbuster, estética de videogame e até pinceladas de Matrix mas esquece de ser o que os fãs mais querem: um filme de terror de sobrevivência. Os zumbis, que deveriam ser a grande ameaça, tornam-se figurantes descartáveis, enquanto a trama se perde em experimentos da Umbrella e na busca por “Arcadia”, a falsa salvação.

Ainda assim, há pontos positivos: a introdução de Chris Redfield (Wentworth Miller) agrada aos fãs dos jogos, e algumas cenas de ação, embora artificiais, têm impacto visual. O problema é que tudo parece gratuito, sem peso dramático ou emoção genuína. O espectador assiste, se entretém por alguns minutos, mas dificilmente se importa com o destino dos personagens.

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No fim, “Resident Evil 4: Recomeço” é um produto típico do cinema de ação dos anos 2010: bonito de se ver, cheio de efeitos, mas vazio em narrativa. Um filme que tenta recomeçar, mas apenas repete os erros do passado, sacrificando o terror e a essência da franquia em nome do espetáculo.