Crítica de Resident Evil: Damnation (2012)

Crítica de Resident Evil Damnation (2012)

Crítica de Resident Evil: Damnation (2012), Resident Evil: Damnation é o ponto onde a Capcom finalmente entende como usar a linguagem do cinema em CGI para contar uma história que respeita o universo dos jogos, sem abrir mão de personalidade. Depois do morno Degeneração, este segundo longa animado entrega não só mais ação, mas também mais contexto político, peso dramático e uma visão mais madura de seu protagonista, Leon S. Kennedy.

Aqui, Leon é enviado a uma república fictícia do Leste Europeu, dilacerada por uma guerra civil alimentada pelo uso de armas biológicas algo que espelha os conflitos geopolíticos modernos e dá ao filme um subtexto interessante: o bioterrorismo como nova forma de dominação em zonas de conflito. Isso já mostra que Damnation mira mais alto do que seu antecessor.

image

A ambientação é excelente. As ruas desertas, os túneis escuros e os confrontos brutais com Lickers e Tyrants criam uma atmosfera tensa, que combina muito bem com o DNA da franquia. Diferente do primeiro filme, aqui o CGI evoluiu: os personagens se movimentam com fluidez, os monstros têm peso, e as cenas de ação são coreografadas com um equilíbrio entre o absurdo e o crível.

Leon está em sua melhor fase: mais cínico, irônico, exausto, mas ainda com senso de justiça. Ele funciona quase como um anti-herói forçado a navegar em meio a interesses políticos e militares. A relação dele com o jovem revolucionário Buddy traz um conflito moral interessante algo raro na franquia.

image

Apesar disso, Damnation não é isento de falhas. Ainda existe certo exagero no terceiro ato (Tyrants sendo abatidos com uma bazuca no estilo exageradamente heróico), e alguns personagens secundários são rasos. A trama exige um pouco de conhecimento prévio da saga, o que pode afastar espectadores casuais.