Crítica de Resident Evil: Degeneração (2008)

Crítica de Resident Evi Degeneração (2008)

Crítica de Resident Evil: Degeneração (2008),Resident Evil: Degeneração nasceu com a promessa de ser aquilo que os fãs dos jogos sempre pediram: um filme fiel ao universo criado pela Capcom. E, de fato, trouxe um alívio para quem se decepcionou com os longas live-action estrelados por Milla Jovovich. Aqui, temos Leon S. Kennedy e Claire Redfield em uma história oficial, situada após os eventos de Resident Evil 4.

O enredo, no entanto, apesar de empolgante no papel, peca na execução. A trama no aeroporto cercado por infectados é uma boa premissa, lembrando a tensão claustrofóbica dos jogos clássicos. Contudo, o roteiro rapidamente se perde em clichês de ação previsíveis, diálogos expositivos e uma investigação burocrática que soa mais como uma missão secundária esticada do que um verdadeiro arco narrativo.

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O CGI, para 2008, foi uma ousadia. A modelagem de personagens e criaturas impressionava em alguns momentos, mas hoje envelheceu mal, especialmente nas expressões faciais robóticas e nos movimentos pouco naturais. Ainda assim, a recriação dos zumbis e do T-G-Virus mantém a atmosfera familiar da franquia.

O ponto mais forte, sem dúvida, é o reencontro de Leon e Claire, trazendo de volta a dupla carismática de Resident Evil 2. No entanto, até mesmo essa relação poderia ter sido melhor explorada: falta profundidade emocional, falta drama, falta aquela chama de sobrevivência que vimos nos jogos.

No fim, Degeneração funciona como um fan service tímido entrega um gostinho de nostalgia e mantém a linha narrativa oficial, mas não arrisca nem emociona. É um filme que parece ter medo de ousar, preferindo seguir a cartilha segura do “monstro novo, conspiração corporativa e heróis invencíveis”.