Crítica de Resident Evil: Vendetta (2017)

Crítica de Resident Evil Vendetta (2017)

Crítica de Resident Evil: Vendetta (2017), Resident Evil: Vendetta é o momento em que a franquia animada resolve chutar o balde da lógica e mergulhar de cabeça no espetáculo de ação estilo Hollywood. É como se a Capcom tivesse pensado: “Ok, já mostramos que podemos fazer política e tensão… agora vamos colocar Chris, Leon e Rebecca explodindo tudo em slow motion como se estivessem em Velozes e Furiosos com zumbis.” E, de fato, é isso o que acontece.

A trama gira em torno de Glenn Arias, um vilão caricato com motivação de novela mexicana: vingança pessoal contra o governo americano. Ele é uma espécie de mistura de mafioso com empresário que distribui um novo tipo de vírus. A ideia tinha potencial, mas se perde no tom exagerado e na falta de sutileza do roteiro.

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Logo nos primeiros minutos já percebemos que o filme abandonou qualquer resquício de “survival horror” em prol da ação desenfreada. A famosa cena de Leon fugindo de cachorros zumbis em uma mansão, desviando de mordidas com coreografias de filme de kung-fu, já entrega o tom: Vendetta não quer assustar, quer impressionar.

A luta entre Chris Redfield e o vilão na parte final parece retirada de um game da série Devil May Cry: explosões, cenas absurdas de força física, tiros acrobáticos e uma trilha sonora que impulsiona a adrenalina. É um festival de exageros, mas feito com um certo estilo.

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Por outro lado, os personagens clássicos estão aqui mais como avatares de ação do que como pessoas. Chris é o típico brutamontes sem nuance. Leon, apesar do visual desgastado e alcoólatra, é subaproveitado. E Rebecca, que poderia trazer uma visão mais científica e emocional, é reduzida ao papel de coadjuvante resgatada. Falta profundidade, falta drama, falta risco real.

O CGI é bom, com evolução notável nas expressões faciais e nos efeitos de iluminação. A trilha sonora acompanha bem os momentos de ação, mas não cria identidade. O filme acerta no ritmo e entrega entretenimento, mas não há alma por trás da pirotecnia.