Noruega mantém taxa de juros inalterada, O banco central da Noruega manteve hoje a sua taxa de juro de referência inalterada em 4,5%, como esperado por unanimidade pelos analistas, e sinalizou que planeia um único corte no custo do crédito este ano, menos do que o previsto pela maioria dos economistas.
“A previsão atual indica que a taxa diretora continuará em 4,5% no período até o outono, antes de cair gradualmente”, afirmou o banco central em comunicado.
A curva das taxas a prazo para os anos de 2024 a 2026 manteve-se praticamente inalterada em relação aos níveis observados em dezembro, mostrou o relatório de política monetária do Norges Bank.
A previsão do banco central apontava para um primeiro corte de 25 pontos base nas taxas em Dezembro deste ano, informou a corretora Nordea Markets numa nota aos clientes.
Os analistas da pesquisa da Reuters previram, em média, que o Norges Bank reduzirá o custo dos empréstimos duas vezes no segundo semestre de 2024, para 4% até o final do ano.
“Na sua avaliação das perspectivas para a taxa de juro, o comité estava preocupado com a possibilidade de que, se a taxa directora fosse reduzida prematuramente, a inflação poderia permanecer elevada, entre outras coisas, porque a coroa poderia então enfraquecer”, disse o Norges Bank.
“Por outro lado, uma política monetária excessivamente restritiva poderia restringir a economia mais do que o necessário”, acrescentou.
O banco central elevou a sua previsão de crescimento económico, prevendo um crescimento do PIB do continente em 2024 de 0,5%, acima da expansão de 0,1% observada em dezembro. A estimativa para 2025 foi mantida em 1,2%.
O Norges Bank espera que o núcleo dos preços ao consumidor suba 4,1% este ano, menos do que os 4,8% registados em Dezembro. A inflação subjacente situou-se em 4,9% em termos homólogos em Fevereiro, um mínimo de 18 meses, mas ainda excedendo o objectivo do banco central de 2%.
O Banco Nacional Suíço cortou hoje a sua taxa de juro principal em 25 pontos base, para 1,5% , uma medida surpreendente que o tornou no primeiro grande banco central a reduzir a política monetária mais restritiva destinada a combater a inflação.
